Dólar sobe e fecha a R$ 6,06, com expectativa por posse de Trump; Ibovespa avança

  • 17/01/2025
(Foto: Reprodução)
A moeda norte-americana avançou 0,20%, cotada a R$ 6,0655. O principal índice da bolsa de valores avançou 0,92% aos 122.350 pontos. Dólar Jornal Nacional/ Reprodução O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (17), negociado a R$ 6,06, com investidores na expectativa pela posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para a próxima semana. Dados de atividade e balanços corporativos também ficaram no radar. Na véspera, o escolhido de Trump para comandar o Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas propostas pelo republicano em sua agenda econômica devem ajudar a reduzir a inflação na maior economia do mundo, além de permitir que os salários dos trabalhadores aumentem. A expectativa é que o republicano anuncie uma série de ordens executivas e decretos assim que for empossado como presidente. As medidas devem impactar áreas como imigração e energia e os anúncios ficam na mira dos investidores, que agora tentam avaliar os primeiros passos de Trump em seu novo mandato. (Entenda mais abaixo) Ainda no exterior, o mercado avaliou novos indicadores de atividade na China e seguiu atento às notícias envolvendo um cessar-fogo entre Israel e Hamas. No Brasil, o destaque para a sanção, por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do primeiro projeto de lei que regulamenta a reforma tributária, aprovado pelo Congresso Nacional no fim do ano passado. O projeto detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumula alta 27% no ano; Ibovespa tem recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar neste fim do ano O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar O dólar subiu 0,20%, cotado a R$ 6,0655. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,0904. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,59% na semana; recuo de 1,85% no mês e no ano. Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,48%, cotada a R$ 6,0532. Ibovespa O Ibovespa avançou 0,92%, aos 122.350 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 2,94% na semana; ganho de 1,72% no mês e no ano. Na véspera, o índice recuou 1,15%, aos 121.234 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? A expectativa pela posse de Trump como presidente dos Estados Unidos, prevista para a próxima semana, foi o principal mote dos negócios nesta sexta-feira (17). Investidores tentam avaliar quais os efeitos das medidas do republicano da política econômica do país. A previsão é que Trump anuncie uma série de decretos já nos primeiros dias de mandato. Na véspera, o novo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas de Trump devem ajudar a reduzir a inflação e a aumentar os salários dos trabalhadores nos Estados Unidos. Ele também reiterou que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve continuar independente, e defendeu sanções mais duras ao setor petrolífero da Rússia. "Os temas políticos vão se tornar cada vez mais relevantes, conforme temos os primeiros passos e movimentos do governo de Donald Trump", afirmou a estrategista de investimentos da XP Rachel de Sá durante live nesta sexta-feira. Do lado macroeconômico, os sinais recentes sobre a atividade dos Estados Unidos também seguem no radar. Na véspera, o país reportou dados mais fracos no segmento varejista, além de um aumento maior do que o esperado no número de pedidos de auxílio-desemprego — o que indica que a economia do país tem perdido força, mas de maneira gradual. Com isso, seguem as expectativas de que o Fed mantenha sua postura cautelosa na condução da política monetária norte-americana ao longo deste ano. A projeção da XP é que a instituição faça apenas mais dois cortes de juros em 2025. Ainda no exterior, investidores também avaliam uma série de indicadores macroeconômicos chineses. Durante a madrugada desta sexta-feira (horário de Brasília), o país reportou um crescimento de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, com aumento nos números de exportações, produção industrial e vendas no varejo. Apesar do crescimento em ritmo mais lento do que o observado no ano anterior, os dados reforçam a postura de Pequim, que vem tentando reestimular a economia do gigante asiático, que tem enfrentado dificuldades devido ao menor gasto dos consumidores e às pressões deflacionárias. Desde a pandemia da Covid-19, houve enfraquecimento do setor imobiliário — que costumava ser um dos principais motores da atividade comercial. Na agenda de indicadores, destaque para os números de produção industrial e do varejo nos Estados Unidos, além dos dados de inflação ao consumidor na zona do euro. Já por aqui, atenções para a aprovação do primeiro projeto de lei que regulamenta a reforma tributária pelo presidente Lula na véspera. O texto foi aprovado pela Câmara e pelo Senado em 2024. O texto estabelece "trilhas" para o funcionamento e as cobranças do novo sistema de tributação sobre produtos e serviços. O regime será totalmente implementado em 2033, depois de uma transição gradual iniciada em 2026. Cesta básica, nanoempreendedor, cashback, imposto do pecado: o que muda com nova lei da reforma tributária Além disso, ainda seguem no radar os desdobramentos acerca das polêmicas envolvendo o PIX. Após gerar uma repercussão negativa, o governo decidiu revogar o ato que ampliou as normas de fiscalização no sistema de pagamentos. A medida veio após uma enxurrada de fake news que invadiu as redes, dizendo que o PIX seria taxado, o que não é verdade. Integrantes da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — e até mesmo o próprio presidente — chegaram a gravar vídeos e dar declarações para esclarecer as medidas, mas não obtiveram sucesso. Além da revogação da norma, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também informou que o governo vai editar uma medida provisória para assegurar que as transferências realizadas por meio do PIX não possam ser tributadas. A MP também vai determinar que seja proibido diferenciar preços de produtos e serviços para o pagamento em dinheiro ou via PIX. *Com informações da agência de notícias Reuters

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/01/17/dolar-ibovespa.ghtml


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